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domingo, 23 de novembro de 2008

ARS LITTERARIA (10): Desassossego de Fernando Pessoa, ou de nós pessoas?


O LIVRO DO DESASSOSSEGO
DE FERNANDO PESSOA

5.ª feira, pelas 19 horas, no Teatro Nacional de São Carlos (em Lisboa ; metro: Baixa-Chiado), será (re)lançado O Livro do Desassossego, essa obra em aberto de Fernando Pessoa (por interpostos heterónimos: Vicente Guedes e Bernardo Soares), em nova edição alargada, revista e anotada por Teresa Sobral Cunha, dada à estampa pela Relógio d'Água, e que a par dos últimos livros de José Saramago e Rui Zink, se apresenta como uma das melhores prendas deste Natal que se avizinha.
A apresentação, para a qual estão desde já convidados todos os leitores de Ars Litteraria, por deferência do convite que nos foi remetido pela referida especialista pessoana, estará a cargo de Patrick Quillier, seguindo-se leituras de textos da obra por Beatriz Batarda e Gastão Cruz.


Na Wikipedia pode ler-se a propósito desta obra insólita:

«O Livro do Desassossego é uma das obras maiores de Fernando Pessoa. É assinado pelo semi-heterónimo Bernardo Soares. É um livro fragmentário, sempre em estudo por parte dos críticos pessoanos, tendo estes interpretações díspares sobre o modo de organizar o livro.
Teresa Sobral Cunha considera que existem dois Livros do Desassossego. Segundo a estudiosa, que organizou em conjunto com Jacinto do Prado Coelho e Maria Aliete Galhoz a primeira edição do livro editada apenas em 1982, existem dois autores do livro: Vicente Guedes numa primeira fase (anos 10 e 20) e o já referido Bernardo Soares (final dos anos 20 e 30). (...)»


E para que o desassossego seja ainda maior, assinale-se que foram hoje inauguradas na Internet novas possibilidades de acesso ao conhecimento da obra do poeta modernista, nomeadamente:
«o portal Arquivo Pessoa + MultiPessoa que integra:

a) a Obra édita de Fernando Pessoa, em base de dados pesquisável: http://arquivopessoa.net

b) o Labirinto, secção de iniciação para leigos e estudantes: http://multipessoa.net/

O corpus textual que agora fica acessível - com cerca de 4500 textos - contempla apenas as obras editadas até 1997 (ano em que foi editado em cd-rom concebido pela mestra e doutoranda Leonor Areal:
MultiPessoa - Labirinto Hipermedia (‘Fernando Pessoa Multimédia’). Lisboa: Texto Editora, 1997).
Porém, aos poucos, será actualizado com os inéditos descobertos na última década, que são largas centenas».
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